Realizada durante a IV Jornada de Estudos do Documentário.
A oficina propõe utilizar o dispositivo da vídeo-carta, a troca de mensagens entre crianças de diferentes comunidades traz a ideia de criar conexões entre as crianças. De um lado na comunidade da Vila Arraes, no Recife, e de outro na comunidade indígena Fulni-ô, em Águas Belas. A partir dessa comunicação é possível desmistificar estereótipos de ambas as partes. As crianças Fulni-ô – de um contexto urbanizado do interior do estado, que brincam, mas também usam celular, assistem TV e usam internet – se apresentam para as crianças da Vila Arraes. E para as crianças Fulni-ô, se apresentam às crianças da capital do estado na comunidade da Vila Arraes, onde há aspectos de vida rural, passados em uma cidade urbana. O que é possível criar e fabular a partir do que é vivido? Os vídeos são endereçados a crianças desconhecidas e vão contar alguma história sobre onde se vive ou onde se sonha viver. A partir da brincadeira e fabulação as cartas começam a ser imaginadas.
Como resultado da oficina foi realizado o curta-metragem Telefone sem fio.
Sinopse: Curta-metragem produzido a partir da Oficina: Correspondências audiovisuais entre as crianças da Vila Arraes (GRIS Espaço Solidário – Recife/PE) e do povo indígena Fulni-ô (Águas Belas/PE). As crianças e adolescentes dessas duas localidades trocam entre si perguntas e mensagens audiovisuais que tratam sobre a experiência de ser criança no lugar onde moram, apresentando sua cultura, suas brincadeiras e suas paisagens cotidianas.